quinta-feira, 30 de abril de 2009

Registro Reflexivo - 1º Encontro

Registro reflexivo:
No dia 28 de abril de 2009, aconteceu o primeiro encontro com os cursistas do programa Gestar II na 36ª Gered. Denominamos o encontro de ‘Oficina Introdutória’, em que foram entregues os materiais aos cursistas da área de Língua Portuguesa e de Matemática. Primeiramente, a Gerente de Educação, Catea Alberton, proferiu um discurso sobre a importância do curso para que aconteçam mudanças no processo de ensino-aprendizagem. Na sequência, o coordenador geral, Ademar Rohling, apresentou o Gestar II a todos os presentes. Após o intervalo, nós, formadoras, fomos convidadas a dar maiores informações sobre os dias de curso, aplicação, carga horária, enfim, todos os detalhes de seu funcionamento. Surgiram questões de professores que se mostram resistentes a esse trabalho, no entanto já eram questionamentos esperados. Havia, também, aqueles olhares positivos e de aceitação que nos impulsionam a iniciar a oficina na próxima segunda-feira – 04/05. Concluímos nossa fala e adiantamos a importância de ler o material para a próxima semana. Assim, poderemos tecer discussões fundamentadas em leituras prévias.

sábado, 25 de abril de 2009

Memorial

Reminiscências... Minha vivência com educadores vem de anos. Gerações que, de certa forma, ajudaram a construir minha história como educadora. Minha mãe, hoje aposentada, sempre atuou em direção e supervisão de escolas e isso era motivo de deboche e, sem dúvida, incomodava muito. Por conta disso, sempre fui prejudicada e posta de lado nas turmas em que estudei. Fiz todo o ensino fundamental em escola pública. Somente o último ano do Ensino Médio concluí em escola particular, já que minha mãe mudou-se de cidade para trabalhar. Foi neste ano que conheci minha professora de Língua Portuguesa e daí partiu o incentivo para que cursasse a faculdade de Letras. Isso veio a se concretizar, com o vestibular, quando eu já havia completado 17 anos. Então, iniciei minha graduação. Foi um início difícil, pois sair de uma cidade pequena e ter que “se virar” em uma cidade grande não foi tarefa fácil. Acredito que faltava maturidade para me desenvolver com mais profundidade na escolha que havia feito. De qualquer forma, continuei estudando e aproveitando todas as propostas de estudo e pesquisa que surgiam. Já no 2º semestre, lutei para conseguir uma bolsa de estudos que, além de me aperfeiçoar, serviria também para ajudar nas despesas. Não vou esquecer da primeira vez que recebi remuneração por estar estudando. Que vitória! Era tudo para mim. E assim o tempo foi passando e surgiram outras oportunidades de estudo. Cheguei até a conseguir o meu sonho: trabalhar e receber uma bolsa do CNPq. Bom, aí foi o auge de minha graduação. Tudo o que eu queria se concretizou. Mas, foi no final da graduação que parti para a minha área de atuação – a prática da sala de aula. Lecionei em várias escolas, no entanto a primeira foi a que marcou o início da minha carreira. No primeiro dia, os alunos da 5ª série estavam sobre as carteiras, gritando, sem limites. Já havia algum tempo que estavam sem professor e a maioria dos alunos tinha idade superior à normalidade da série. Com certeza, foi uma situação inesperada e, se fosse hoje, talvez eu soubesse como agir e fazer tudo diferente, mas na época foi difícil de superar. Depois disso, trabalhei em outras escolas da rede estadual e municipal. Até que, em 2001, fiz o Concurso Público para o Ensino Estadual, através do qual me efetivei na cidade onde resido (São Ludgero). Optei por escolher apenas 20 horas de serviço, pois neste mesmo tempo soube de minha aprovação no meu curso de Pós-Graduação. Tive que dividir meu tempo, viajar duas vezes por semana para estudar e o restante do tempo lecionar. Depois de dois anos aliando estudo ao trabalho, consegui defender trabalho de conclusão de curso. Aí, posso dizer que consegui respirar aliviada... E a turbulência passou. Ampliei minha carga horária para 40 horas semanais. Resolvi continuar com meus alunos de 5ª série. Já faz 8 anos que trabalho nessa escola e nela fiz amigos. Além disso, acredito que também fiz a diferença. Às vezes, não vamos mais longe por conta dos padrões que nos emolduram e se desvencilhar do que já está determinado não é tarefa fácil. Com novas experiências, vejo o quanto ainda posso transformar. Só não basta pensar diferente, é preciso realizar o que acreditamos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Resumo do Guia Geral

O Gestar II é um programa de formação continuada semipresencial, cujo objetivo é melhorar o processo de ensino aprendizagem, com especial atenção à elevação da competência dos professores e de seus alunos. Assim, é automático o aperfeiçoamento da capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade sócio-cultural.
O Guia Geral é constituído por cinco unidades que tratam dos seguintes assuntos:
A unidade 1 apresenta o Gestar II como um programa embasado em estudos individuais e coletivos. Nos encontros presenciais, os professores terão possibilidade de trocar experiências, planejar situações didáticas para, posteriormente, aplicar com seus alunos e analisar a prática de sala de aula. Esses trabalhos serão orientados por um formador que coordena as atividades e avalia o desenvolvimento dos cursistas.
A unidade 2 aborda conceitos relativos à proposta pedagógica: concepção sócio-construtivista que evidencia um processo coletivo de construção do conhecimento, em que professor e aluno interagem e expõem suas dúvidas e experiências aliadas ao conhecimento historicamente construído. Especialmente na área de Língua Portuguesa, tem-se por objetivo possibilitar ao professor um trabalho que propicie aos seus alunos o desenvolvimento de suas habilidades de compreensão, interpretação e produção de diferentes textos.
O tema da unidade 3 é a Implementação do Gestar II. O material de estudo é composto por seis cadernos de Teoria e Prática (TPs), cada qual com quatro unidades subdivididas em três seções. O caderno de Teoria e Prática divide-se em três partes: Parte 1 – contém as unidades; Parte 2 – lição de casa (atividades que serão implementadas com os alunos e relatadas ao formador); Parte 3 – oficinas (encontros presenciais quinzenais, com duração de 4 horas, com atividades a serem desenvolvidas ora individual ora coletivamente). A forma de avaliação dos cursistas dar-se-á, principalmente, através dos seguintes itens: - freqüência de 75% das horas presenciais; - entrega das atividades ‘Lição de casa’ (relatos da prática de sala de aula); realização do projeto e auto-avaliação. Neste âmbito, o formador também tem suas atribuições: - planejar os encontros presenciais; - participar da apresentação do programa; - acompanhar a prática pedagógica; - executar as seções presenciais; - listar as dificuldades mais freqüentes; - avaliar o desenvolvimento do professor.
A unidade 4 trata das expectativas de mudanças através da implementação do programa. Em Língua Portuguesa, através de textos significativos, haverá uma reestruturação na forma de conduzir os trabalhos em sala de aula. Esperam-se, com isso, reflexos positivos para todas as áreas envolvidas no processo, ou seja, em toda a comunidade escolar.
A unidade 5 refere-se aos procedimentos de utilização dos Cadernos de Apoio à Aprendizagem do Aluno. São seis cadernos na versão do aluno e do professor complementares aos cadernos de Teoria e Prática e têm como objetivos: - subsidiar as aulas com atividades individualizadas; - promover atividades para ensinar conteúdos que o aluno não aprendeu.
Com vistas nesse processo, o objetivo central é desenvolver nos alunos a competência discursiva e textual através de situações significativas. Assim, a comunidade escolar vai compartilhar dos pressupostos apresentados pelos PCNs que visam à formação de indivíduos reflexivos e críticos em seu meio social. E isso se dá através do processo de reflexão e uso significativo da linguagem.